HAVANA - A bandeira do arco-íris, emblema da diversidade sexual, vai tremular pela primeira vez no cimo do Pico Turquino, o mais alto de Cuba, hasteada por grupos homossexuais, que vão escalar a montanha no final de setembro, informou nesta quinta-feira uma entidade oficial. "Ativistas de TransCuba, HxD (Homens pela Diversidade) e a rede de jovens universitários vão levantar pela primeira vez, no ponto mais alto de Cuba a bandeira do arco-íris", informa o site do Centro Nacional de Educação Sexual (www.cenesexualidad.sld.cu), dirigido por Mariela Castro, filha do presidente Raúl Castro.
Desde a vitória da revolução de Fidel Castro, a escalada desse pico de 1.974 metros, no centro de Sierra Maestra, tornou-se símbolo de firmeza e vontade política. Uma foto histórica mostra Fidel e Raúl Castro, com fuzis para o alto e acompañados de outros "rebeldes" no cimo da montanha, cantando o hino nacional, diante do busto do herói nacional José Martí.
A escalada partirá da cidade de Santiago de Cuba, 900 km a sudeste de Havana, no dia 25 de setembro, envolvendo "as redes sociais do Cenesex, convocadas pelo grupo de mulheres lésbicas e bissexuais Oremi".
Os homossexuais também vão visitar o Mausoléu da Segunda Frente, na mesma província, para uma homenagem ante o túmulo de Vilma Espín, esposa de Raúl Castro, que em vida ocupou a máxima liderança feminina da ilha, além de ter sido precursora da defesa da diversidade sexual em Cuba.