postado em 25/08/2011 10:57
A União Europeia analisa a hipótese de expandir as sanções à Síria em punição aos atos de repressão cometidos pelo governo do presidente Bashar Al Assad contra manifestantes. A ideia é intensificar o embargo ao petróleo. A Europa compra 95% da produção petrolífera da Síria, representando um terço da receita do país. A decisão será tomada até esta sexta-feira (26/8).Medidas restritivas em estudo pela União Europeia deverão determinar o congelamento de bens de 15 pessoas ligadas a Assad. A relação deverá incluir o ex-ministro da Defesa Hassan Al Turkmani, o ex-chefe do Estado-Maior general Munir Adanov e o empresário Samir Hassan. Pela decisão, eles ficarão impedidos de viajar para qualquer um dos 27 países do bloco.
Decisões anteriores da União Europeia fixaram os mesmos vetos a 35 pessoas, incluindo o próprio Assad e quatro empresas, acusadas de financiar as ações do governo. Em maio, foi adotada medida que bloqueia o comércio de armas e materiais. Nos Estados Unidos, o presidente Barack Obama proibiu a importação do petróleo sírio e imobilizou bens do governo.
Desde março, a Síria vive diariamente manifestações contra o governo. Os manifestantes se queixam do autoritarismo, da ausência de democracia, de violações aos direitos humanos e agressões frequentes. Há denúncias de atos repressivos por parte do governo na tentativa de conter os protestos.
No começo desta semana, a Organização das Nações Unidas (ONU) rechaçou as ações do governo de contenção das manifestações e determinou o envio de uma missão humanitária à Síria. A missão vai verificar de perto a situação e os detalhes das denúncias de abusos que geraram mortos e feridos no país.