Santiago - Confrontos entre manifestantes e a polícia foram registrados nesta quarta-feira (24/8) em vários pontos de Santiago, durante a paralisação nacional de 48 horas convocada pela maior central sindical do Chile, que tem o apoio dos sindicatos dos professores e dos estudantes.
Com uma ampla gama de exigências, a greve geral de 48 horas é a primeira enfrentada pelo presidente Sebastián Piñera em 17 meses de governo.
Em pelo menos três pontos da cidade, a polícia teve que usar jatos d;água e bombas de gás lacrimogêneo contra manifestantes que tentavam bloquear o trânsito.
No centro de Santiago, policiais enfrentaram homens encapuzados que ergueram barricadas diante da Universidade do Chile. Outros grupos enfrentaram as forças de segurança em Ñuñoa e na zona sul da cidade.
No início da manhã, a avenida Alameda, principal via da capital, teve o tráfego interrompido por vários minutos em diversos pontos por manifestações de pequenos grupos de estudantes e trabalhadores.
Os bloqueios alteraram os trajetos percorridos por muitas pessoas, mas não conseguiram paralisar a cidade de mais de seis milhões de habitantes, onde o metrô e os ônibus urbanos funcionavam de maneira normal, segundo o ministro dos Transportes, Pedro Pablo Errázuriz.
"O governo está empenhado em aparentar normalidade, quando todo o país sabe que o país não está normal hoje", afirmou Arturo Martínez, presidente da Central Unitária de Trabalhadores (CUT), o maior sindicato do país, que reúne 10% da força de trabalho e convocou a mobilização.
A manifestação tem o apoio de estudantes e professores, que há três meses protestam por uma educação pública gratuita e de maior qualidade.