Vineyard Haven - O governo americano anunciou nesta segunda-feira (22/8) que não há evidências de que o homem forte da Líbia, Muamar Kadafi, tenha deixado Trípoli após a chegada das tropas rebeldes, reiterando parcialmente informações divulgadas mais cedo pelo Pentágono.
"Esta é a melhor informação que temos", disse o porta-voz Josh Earnest a jornalistas. "Não há evidências que indiquem que ele se foi", acrescentou.
Kadhafi, que enfrenta a chegada das tropas rebeldes à capital, ainda está na Líbia, afirmou mais cedo o porta-voz do Pentágono, coronel David Lapan.
"Acreditamos que tenham permanecido no país. Não temos informações de que tenha deixado o país", disse Lapan a jornalistas.
As forças leais a Kadhafi controlam apenas uma parte da capital, onde os rebeldes entraram na noite de sábado, embora os enfrentamentos continuem nesta segunda.
Os combates se concentraram claramente nos arredores da residência do líder líbio, em Bab al-Aziziya, constatou um jornalista da AFP.
O coronel Kadhafi ainda estaria em sua residência, informou à AFP uma fonte diplomática.
O secretário da Defesa, Leon Panetta, se mantém a par da evolução dos acontecimentos no local onde passa férias e participou de uma conferência por telefone com o presidente Barack Obama na noite de domingo, disse seu porta-voz, George Little.
Desde o início da operação da Otan, os Estados Unidos se limitaram a um papel de apoio aéreo, com seus aviões e drones (aeronaves sem piloto) de vigilância, e disse que não se propunha a enviar tropas ao terreno.
Para o coronel Lapan, esta política não mudou: "não haverá tropas americanas no terreno".
"Embora haja uma missão de transição, sob os auspícios da ONU, da Otan ou de outro tipo, não incluirá tropas americanas no terreno. Sobre isto, nossa posição não mudará", sentenciou.