Istambul - Opositores sírios iniciaram neste sábado, em Istambul, uma reunião de dois dias para examinar a criação de um "Conselho Nacional" que se encarregue de coordenar a luta para derrubar o regime de Damasco.
Cerca de 50 ativistas, tanto do exterior quanto do interior da Síria, analisam em um hotel da parte europeia da metrópole turca a forma de unir neste conselho todas as forças da Síria, uma ideia lançada em junho passado.
"Nossa prioridade é a queda do regime do presidente Bashar al-Assad", declarou à AFP Yasser Tabbara, um advogado e defensor dos direitos humanos, que vive nos Estados Unidos.
Esta reunião em Istambul acontece no dia seguinte ao anúncio pela oposição síria de uma coalizão que unificará suas fileiras.
A coalizão, batizada de "instância geral da revolução síria", informou em um comunicado que tentará "estreitar os laços" dentro da oposição e "obter a queda do regime de Bashar al-Assad e estabelecer um Estado democrático, baseado no direito e em instituições que garantam a liberdade, a igualdade de todos os cidadãos e o respeito aos direitos humanos".
A instância, que reúne 44 grupos e comitês de coordenação que lideram há cinco meses a mobilização contra o regime de Assad, considera "urgente unificar a ação dos revolucionários no plano político, midiático e no campo de batalha para obter a queda do regime e de suas instituições repressivas".
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, e seus aliados ocidentais pediram pela primeira vez na quinta-feira a saída de Assad e reforçaram as sanções contra o regime.
Funcionários da ONU afirmaram na quinta-feira em uma reunião do Conselho de Segurança que as forças sírias mataram mais de 2.000 manifestantes.
A repressão contra as manifestações contra o regime de Bashar al-Assad durante a terceira sexta-feira do Ramadã resultou na morte de 31 pessoas, informou neste sábado o Observatório Sírio para Direitos Humanos (OSDH).
De acordo com a OSDH, foram 15 mortos e 25 feridos em Deraa, reduto dos protestos no sul, oito em Ghabagheb, cinco em Hirako, e um em Naawa Ankhel .
Um manifestante foi morto em Harasta, outro em Duma, nos arredores de Damasco, onde um terceiro homem também morreu, de acordo com ativistas que estavam no local.
Na região de Homs (centro), 13 civis foram mortos e mais de 15 pessoas ficaram feridas, disse a fonte.
Além disso, um manifestante ferido na quinta-feira morreu na sexta-feira, de acordo com um comunicado da OSDH.