Os representantes do Reino Unido apresentarão nesta sexta-feira (19/8) a brasileiros e demais integrantes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Ibas (grupo formado pelo Brasil, a Índia, Rússia e África do Sul) o texto da resolução propondo a ampliação de sanções à Síria. A ideia é aumentar a pressão sobre o governo para que o presidente Bashar Al Assad atenda às recomendações de fim da violência e de busca pelo diálogo.
Nesta manhã, representantes da Rússia informaram que são favoráveis à saída de Assad. O Itamaraty, no entanto, disse que os representantes brasileiros querem conhecer em detalhes a proposta dos britânicos sobre as sanções para depois assumir uma posição.
Os representantes da Espanha se uniram hoje ao Reino Unido, à França, à Alemanha, a Portugal e aos Estados Unidos em defesa de mais rigor nas restrições ao governo da Síria. Para os líderes, Assad não cumpriu sua palavra de encerrar os confrontos no país, e a violência aumenta por toda parte.
Nesta quinta-feira (18/8), o Conselho de Segurança ratificou a análise apresentada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas sobre Direitos Humanos denunciando que a repressão aos manifestantes sírios pode representar ;um crime contra a humanidade;. Neste sábado (20/8) deverá chegar a Damasco, capital síria, uma missão humanitária para analisar a situação.
De acordo com o relato apresentado, cerca de 2 mil pessoas foram mortas pelo regime, além dos casos de torturas e agressões de diversos tipos. O documento destaca o assassinato de um adolescente de 13 anos e a execução de 26 pessoas com os olhos vendados em um estádio.
Ontem, os Estados Unidos, a Alemanha, a França, o Reino Unido e a União Europeia defenderam a saída do presidente da Síria. O governo dos Estados Unidos anunciou, inclusive, a adoção de sanções individuais envolvendo o comércio de petróleo e negociações financeiras e econômicas entre sírios e norte-americanos.
Há cerca de cinco meses, Assad é alvo de protestos generalizados na Síria. Os manifestantes exigem a renúncia do presidente, a adoção de um sistema político, econômico e social mais democrático e garantias das libedades de expressão, de opinião e manifestação. Os ativistas reclamam ainda das violações aos direitos humanos na região.