Brasília - Ao votar hoje (14) nas eleições primárias na Argentina, a presidenta e candidata à reeleição Cristina Kirchner destacou que as eleições primárias representam "um salto impressionante na qualidade institucional" no país.
É a primeira vez que os argentinos realizam as eleições primárias, processo que escolherá os candidatos que vão participar das eleições gerais marcadas para 23 de outubro.
A presidenta classificou as primárias como um fato histórico. ;Estamos testemunhando a reforma política mais importante desde 1983. É um salto na qualidade institucional impressionante;, disse a presidenta.
Cristina Kirchner lembrou que desde a redemocratização do país, em 1983, " tantas vezes se pediu por reforma política. ;Agora, no terceiro século, estamos construindo este sistema político mais transparente, com grande participação", destacou.
A presidenta também elogiou a democratização dos espaços publicitários durante a campanha e disse que se sentia "muito satisfeita" porque as mudanças ocorreram em sua administração.
Cerca de 28 milhões de eleitores argentinos vão às urnas hoje para escolher os candidatos à Presidência da República, aos cargos de deputado das províncias e de Buenos Aires e de senador. Eles terão de escolher entre duas ou mais listas do mesmo partido. Para concorrer às eleições gerais, o candidato deve obter pelo menos 1,5% dos votos no distrito para seguir na disputa.
Concorrendo ao direito de participar das eleições presidenciais há dez candidatos. Além de Cristina Kirchner, também estão na disputa Ricardo Alfonsín, da Unión Cívica Radical, o ex-presidente Eduardo Duhalde, do Partido Justicialista, e Hermes Binner, do Partido Socialista, Alberto Rodríguez Saá, do Partido Justicialista; Elisa Carrió, da Coalición Cívica ARI (CC-ARI); Jorge Altamira, do Partido Obrero; Alcira Argumedo, do Proyecto Sur; José Bonacci, do Partido del Campo Popular, e Sergio Pastore, do Movimiento de Acción Vecinal.
Vence a disputa quem conquistar 45% dos votos válidos ou 40%, desde que ocorra uma diferença mínima de 10% em relação ao segundo colocado. Caso isso não ocorra, haverá segundo turno marcado para o dia 10 de dezembro. Como no Brasil, o presidente da República na Argentina cumpre mandato de quatro anos.