Santiago - O protesto dos estudantes realizado na terça-feira (9/8) no Chile, com violentos distúrbios e um forte "panelaço" noturno, deixou 396 presos e 78 feridos em todo o país, segundo o mais recente balanço divulgado nesta quarta-feira pelo governo.
Milhares de pessoas fizeram um "panelaço" na noite de terça-feira em Santiago, onde alguns manifestantes montaram barricadas nas ruas, para apoiar o protesto estudantil que exige um melhor ensino público no Chile.
O ;panelaço; é o segundo realizado em menos de uma semana e retoma um protesto típico contra a então ditadura do general Augusto Pinochet.
A população foi às varandas e janelas de Santiago para bater panelas, atendendo ao apelo dos líderes estudantis chilenos, que há dois meses protestam para pedir o fortalecimento do ensino público no país.
"Escutamos as panelas por todas as partes, tomara que o presidente escute e atenda nossas reivindicações", disse no Twitter Camila Vallejo, uma das principais dirigentes estudantis.
Em alguns bairros de Santiago, como Plaza Ñuñoa, centenas de pessoas foram às ruas e manifestantes levantaram barricadas em vários pontos do centro e da periferia da capital.
Durante o dia, um protesto reuniu mais de 100 mil pessoas no centro de Santiago, degenerando em confrontos que deixaram 274 detidos e 23 policiais feridos.