O agravamento dos distúrbios em Londres e em várias cidades da Grã-Bretanha, por enquanto, não motivou os brasileiros que vivem no país a pedir ajuda à Embaixada do Brasil. Cerca de 180 mil brasileiros vivem na região. O Ministério das Relações Exteriores informou nesta terça-feira (9/8), por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não recebeu quaisquer tipos de solicitação com pedidos de apoio.
Há três dias, a Grã-Bretanha enfrenta uma onda de protestos. A primeira morte foi confirmada hoje pelas autoridades britânicas. Um homem de 26 anos morreu depois de ser baleado em um automóvel durante os tumultos registrados nesta segunda-feira (8/8) na capital. Segundo policiais, ele não resistiu aos ferimentos.
Especialistas avaliam que os distúrbios são causados pela elevação do número de desempregados e pelas dificuldades econômicas. A violência dos protestos é maior nas regiões mais pobres das cidades. Há registros de saques, ataques a policiais e embates entre autoridades de segurança e manifestantes. Cerca de 450 pessoas foram presas em três dias de manifestações.
O primeiro-ministro David Cameron fez hoje um pronunciamento à nação em que condenou os distúrbios e avisou que os responsáveis pelos ataques "vão sentir a força da lei". "Se vocês têm idade suficiente para cometer esses crimes, têm idade suficiente para enfrentar as punições."
Cameron anunciou a suspensão de férias e folgas de policiais, o aumento do número de oficiais nas ruas de 6 mil para 16 mil e a reconvocação do Parlamento. O primeiro-ministro prometeu restabelecer a ordem no país. "Vocês não estão apenas destruindo as vidas dos outros, vocês não estão apenas destruindo suas comunidades, vocês estão potencialmente destruindo também suas próprias vidas", disse ele.