Santiago - Milhares de estudantes protestam, nesta terça-feira (9/8), em Santiago, de forma pacífica a favor de uma reforma da educação, em uma marcha cujo percurso foi combinado entre as autoridades e os organizadores do protesto.
Desde cedo, estudantes e professores, apoiados por trabalhadores do setor de cobre e funcionários fiscais, se reuniram nos arredores da Universidade de Santiago, a oeste da cidade, para marchar pela avenida Alameda, sob um amplo cordão policial que os impedia de avançar para fora do percurso estabelecido.
Os estudantes chilenos pedem há mais de dois meses o fortalecimento da educação pública em um país onde o Estado tem um papel secundário nesta questão.
Em outras manifestações, o ponto de encontro era a Praça Itália (leste), habitual centro de reunião de comemorações esportivas.
Mas após uma reunião com a Intendência (Governo) de Santiago, foi acordado um percurso diferente, que inclui a passagem por várias quadras da Alameda, mas que é desviado antes de passar em frente ao palácio presidencial de La Moneda.
No início, pelo menos 10 mil pessoas se reuniram, de acordo com cálculos dos organizadores e meios de comunicação, embora outras milhares de pessoas tenham se somado ao longo do percurso.
Antes do início da manifestação, vários pontos de Santiago foram bloqueados com barricadas, que provocaram trânsito e que em alguns pontos foram dispersos pela polícia com carros lança-água e bombas de gás lacrimogêneo. Durante a madrugada, policiais prenderam seis menores de idade.
A manifestação desta terça-feira é realizada cinco dias após intensos protestos ocorridos na quinta-feira, quando a Polícia reprimiu fortemente estudantes que tentaram marchar pela avenida Alameda, com um saldo de mais de 800 detidos.