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Tempestade Emily chega ao Haiti. Moradores tentam fugir das chuvas e ventos

A passagem hoje (5) da tempestade tropical Emily pelo Haiti causou chuva e ventos em várias regiões do país provocando danos e esvaziamentos de casas e instituições públicas. As cidades mais atingidas foram Porto Príncipe, Paillant, Miragoane e Jeremie. O governo decretou hoje feriado nacional. Os voos foram suspensos temporariamente no país.

A situação mais alarmante está na capital haitiana e arredores onde cerca de 700 mil pessoas vivem em acampamentos, em tendas e barracas. Os abrigos provisórios são as residências de muitos haitianos desde o terremoto de 12 de janeiro de 2010.

O Programa Mundial de Alimentação (WFP), vinculado à Organização das Nações Unidas (ONU), anunciou que serão fornecidos suprimentos para as áreas mais vulneráveis do país. Também ficarão disponíveis caminhões, combustíveis e unidades de armazenamento. De acordo com o WFP, há assistência alimentar para cerca de 500 mil pessoas no Haiti por um mês.

A ONU informou que cerca de 12 mil homens das forças de paz estão de prontidão no Haiti. A Missão de Estabilização das Nações Unidas no Haiti (Minustah) reúne 8,5 mil militares das Forças Armadas e 3 mil policiais de vários países e está no país desde meados de 2004. As forças de paz foram acionadas depois que o então presidente haitiano Jean-Bertrand Aristide deixou o poder.

Em novembro do ano passado, o furacão Tomas causou inundações e desencadeou uma epidemia de cólera que levou à contaminação de cerca de 20 mil pessoas. A doença ainda não foi controlada no país, segundo os especialistas.

O Haiti é o país mais pobre das Américas. Em janeiro de 2010, o país foi atingido por um terremoto que destruiu as principais cidades e matou cerca de 220 mil pessoas. Mais de 2,3 milhões foram deslocadas e muitas não conseguiram retornar às suas casas.