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Obama pede que Congresso interrompa recesso por orçamento do setor aéreo

WASHINGTON - O presidente americano, Barack Obama, pediu que o Congresso termine de deliberar sobre um caso que fechou parcialmente a Administração Federal de Aviação (FAA, da sigla em inglês) e poderá custar 1 bilhão de dólares aos contribuintes.

"Esta é uma situação deficitária que pode ser facilmente solucionada caso o Congresso volte e faça seu trabalho", disse Obama, depois que os legisladores saíram de férias sem ampliar o orçamento da FAA.

O Congresso foi embora sem alcançar um acordo sobre um projeto que se refere ao funcionamento da FAA, o que envolve medidas de desemprego técnico para 4.000 funcionários.

O governo pode "perder 200 milhões de dólares por semana. Esse número pode chegar a 1 bilhão de dólares, em um momento em que estamos preocupados em como pagar qualquer coisa", disse Obama em uma reunião de gabinete.

"Isso é um exemplo de algo evitável e desnecessário", disse.

A Câmara dos Representantes, nas mãos da oposição republicana, adotou em julho um questionado projeto de lei que busca prolongar o financiamento das operações da FAA, e que suprime certos subsídios aos aeroportos regionais.

Os democratas pedem, por sua vez, uma ampliação do financiamento da FAA até o outono do Hemisfério Norte, sem que agregue nenhuma medida, para poder continuar as negociações para alcançar um acordo.

A disputa entre ambos os partidos aborda os direitos sindicais dos funcionários do setor, postos em dúvida pelos republicanos.

Essa ausência de acordo implica medidas de desemprego técnico para cerca de 4.000 funcionários da FAA. Também bloqueia os projetos de construção, o que afeta, segundo a administração, cerca de 70.000 trabalhadores obrigados a permanecer inativos.

"Chamo o presidente (da Câmara dos Representantes, John) Boehner a colocar fim a tudo isso", instou nesta quarta-feira em coletiva de imprensa o chefe da maioria democrata no Senado.