NOVA YORK - O genro de Hugh Hefner, fundador da "Playboy", concordou em pagar quase 169 mil dólares para a retirada das acusações de que ele teria se aproveitado ilegalmente de informações privilegiadas ao negociar ações da revista, indicaram nesta quarta-feira autoridades americanas.
William Marovitz, marido da filha de Hefner e ex-presidente-executiva da Playboy, Christie Hefner, realizou a transação ilegal entre 2004 e 2009, alegou a Securities and Exchange Commission (SEC), que controla o mercado de ações americano. Christie e o advogado da Playboy haviam alertado Marovitz a não negociar ações da empresa, segundo a SEC.
A comissão acusou Marovitz de ter ganho 101 mil dólares na compra e venda de ações antes da divulgação de notícias importantes envolvendo a Playboy, famosa por sua revista de ensaios eróticos.
Em uma transação detalhada na demanda da SEC, Marovitz comprou 9 mil ações da Playboy em novembro de 2009, depois de saber que a empresa estava em conversas com a Iconix sobre uma possível aquisição. Quando a negociação veio a público, as ações da Playboy subiram 42%.
Mais tarde, quando a Iconix abandonou a oferta para adquirir a Playboy, Marovitz tentou vender todas as ações da empresa antes que elas se desvalorizassem.
"Marovitz descumpriu suas obrigações e traiu a confiança depositada nele por Hefner e pela Playboy, com a compra e venda de ações da empresa baseada em informações privilegiadas", afirmou a SEC.
O genro de Hefner concordou em pagar 168.352 dólares para que as acusações fossem retiradas. O acordo ainda está sujeito à aprovação do tribunal. Sua mulher, Christie Hefner, 59, deixou a direção da revista Playboy, em dificuldades financeiras, em janeiro de 2009.
No início de 2011, Hugh Hefner, 85, comprou a totalidade da empresa que fundou em 1953.