SÍDNEY - O magnata das comunicações, Rupert Murdoch, assegurou nesta quarta-feira (local) que seu grupo News Corp se converterá, após o escândalo das escutas ilegais na Grã Bretanha, "em uma companhia mais forte". "Quero que todos vocês saibam que tenho a absoluta confiança de que vamos emergir como uma companhia mais forte", disse Murdoch através de um comunicado dirigido a seus empregados.
"Vai nos custar tempo reconstruir a confiança e a credibilidade, mas estamos decididos a cumprir com as expectativas de nossos acionistas, clientes, colegas e sócios", disse.
O executivo, de 80 anos de idade, foi interrogado por mais de duas horas por parlamentares em Londres na terça-feira sobre o escândalo que já forçou dois dos principais chefes de polícia da Grã-Bretanha a se demitir. "Fiquei chocado e horrorizado com recentes alegações sobre o News of the World e estou profundamente arrependido pelo mal causado", disse. "Mas nós temos assumido a responsabilidade. Dirigi esta empresa por mais de 50 anos e sempre tivemos um espírito audacioso", completou.
Segundo Murdoch, o comportamento da empresa descrito nestas últimas semanas pelos jornais não tem lugar na News Corporation. "Essas alegações sérias, feitas sobre alguns de nossos ex-empregados no News of the World, contrariam diretamente nossos códigos de conduta e não refletem as ações e crenças dos nossos empregados."
Na audiência em Londres, Murdoch negou a responsabilidade no caso, que o obrigou a fechar o News of the World. Além disso, o magnata pediu desculpas às vítimas. "Eu gostaria apenas de dizer uma frase: Este é o dia mais humilhante da minha vida".