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Murdoch diz que não há provas de que vítimas do 11/9 tenham sido grampeadas

Londres - Rupert Murdoch declarou à comissão de parlamentares britânicos que não há provas de que as vítimas do 11 de setembro tenham sido alvo de grampos telefônicos. "Não vimos provas de forma alguma a respeito disso e, até onde sabemos, o FBI também não viu", afirmou.

O magnata americano da mídia Rupert Murdoch e seu filho James compareceram nesta terça-feira pdiante da comissão parlamentar britânica que os convocou no caso do escândalo dos grampos. "Nunca me senti tão humilde em minha vida", afirmou no início da audiência transmitida ao vivo pela televisão. Seu filho, James Murdoch, pediu desculpas em seu nome e no de seu pai às vítimas das escutas ilegais.

Esta audiência, aberta ao público e transmitida ao vivo pela televisão, é uma das mais importantes já realizadas por uma comissão parlamentar no Reino Unido. É raro que Rupert Murdoch, que está à frente há 80 anos de um dos mais importantes impérios de imprensa do mundo, se manifeste publicamente.

A sala onde é realizada a audiência, que conta com 50 lugares, estava lotada. No local reservado ao público estava a esposa de Rupert Murdoch, Wendi. Dez deputados de todas as orientações, membros da "Comissão de Cultura, Mídia e Esporte", vão colocar os Murdoch contra a parede.

Eles convocaram o magnata e seu filho, número três do grupo familiar News Corp., para pedir explicações sobre os grampos praticados em grande escala nos anos 2000 neste país por um de seus tabloides, o News of the World, hoje fechado. Cerca de 4.000 personalidades podem ter sido vítimas dessas práticas, segundo a polícia.