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Hugo Chávez admite que pode fazer quimioterapia

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, admitiu pela primeira vez que possivelmente terá de submeter-se a rádio ou quimioterapia em seu tratamento contra o câncer. Durante uma entrevista telefônica para a televisão estatal venezuelana, Chávez deu mais detalhes sobre a doença e o tratamento, mas manteve o segredo sobre qual seria o órgão (ou órgãos) afetado. ;Estamos começando uma segunda etapa do tratamento, e talvez a terceira seja um pouco mais dura, para blindar meu corpo contra essas células malignas;, disse.

Fiel ao discurso otimista sobre a recuperação, o presidente acenou com a liberação de mais informações à medida que as receba da equipe médica. Apesar da limitação nas revelações, ele comentou que médicos cubanos extraíram de seu abdômen um tumor ;do tamanho de uma bola de beisebol;. A cirurgia foi realizada em 20 de junho, em Havana, onde ele permaneceu por quase um mês. Logo após sua chegada à capital cubana, 10 dias antes, Chávez tinha sido sumetido a uma primeira intervenção ; para remoção de um abscesso pélvico, segundo as informações oficiais.
[SAIBAMAIS]
Dúvidas
As especulações sobre a doença do mandatário não cessam desde as primeiras notícias sobre a primeira operação em Cuba. Segundo jornais norte-americanos, ele teria câncer de próstata. Na semana passada, uma nova versão indicava que seria um câncer de cólon. ;Tenho um câncer, mas não como alguns queriam;, disse Chávez à tevê venezuelana. Ele também negou que estivesse com o cólon e o estômago ;em pedaços;. A origem desses boatos é atribuída a sua participação em uma missa, na terça-feira, durante a qual teria recebido o sacramento da ;unção dos doentes;. Uma semana antes, a Igreja da Colômbia convidou os fiéis a rezarem pela saúde do mandatário vizinho.

O governo brasileiro chegou a oferecer atendimento no sistema hospitalar privado, mas o presidente venezuelano optou por se tratar no próprio país ; ao contrário do colega paraguaio, Fernando Lugo, que vem fazendo visitas periódicas ao Hospital Sírio Libanês, em São Paulo, para combater um câncer linfático. Se viesse para o Brasil, Chávez pagaria os honorários médicos, como Lugo.