O primeiro-ministro do Japão, Naoto Kan, defendeu nesta quarta-feira (13/7) a adoção de um calendário para acabar progressivamente com as usinas nucleares no país. A proposta foi apresentada quatro meses depois dos acidentes radioativos na Usina Nucelar de Fukushima Daiichi, no Nordeste japonês, que acendeu a luz de alerta sobre o sistema de segurança do setor no mundo.
Kan defendeu uma ;redução progressiva da cota da eletricidade nuclear em benefício das energias renováveis, como a solar, a eólica e a [proveniente da] biomassa, com o objetivo [de chegar] à substituição completa;. No entanto, o primeiro-ministro não apresentou um calendário de ações.
;Não podemos continuar a dizer que a política desenvolvida até ao momento garanta a segurança da exploração da energia nuclear. Devemos conceber uma sociedade que possa passar sem ela;, acrescentou Kan.
Atualmente no Japão há 54 reatores em funcionamento, dos quais 35 estão parados desde 11 de março, quando houve o terremoto seguido por tsunami, o que gerou estragos em várias usinas. Por determinação das autoridades, os responsáveis pelas usinas passaram a fazer testes de resistência e segurança com mais frequência após os acidentes nucleares de Fukushima.
Na sequência do acidente de Fukushima, a Alemanha, a Itália e a Suíça anunciaram que encerrarão de forma progressiva o sistema de energia nuclear civil. A França e os Estados Unidos reiteraram a intenção de continuar a usar energia nuclear.