WASHINGTON - A Casa Branca criticou nesta terça-feira (12/7) a Síria por permitir que "capangas" invadissem a embaixada dos Estados Unidos em Damasco, dizendo que é "inaceitável" que o governo fracasse em proteger as vidas e propriedades dos Estados Unidos nesse país.
"Deixar que capangas invadam a embaixada é inaceitável", disse o porta-voz Jay Carney a jornalistas. "Deixamos claro ao governo sírio: é sua responsabilidade - já que é responsabilidade das nações de acolhida em todo o mundo - proporcionar segurança e manter a segurança das embaixadas estrangeiras, neste caso, da embaixada dos Estados Unidos", indicou.
[SAIBAMAIS]Carney endossou as declarações feitas um dia antes pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, segundo as quais essa onda de violência contra manifestantes pró-democracia, além dos ataques a embaixadas ocidentais, mostram que o governo "perdeu sua legitimidade".
As declarações do porta-voz da Casa Branca ocorrem em meio a um cenário de deterioração das relações entre Síria e Estados Unidos, depois que uma multidão pró-regime atacou as embaixadas de França e EUA esta semana. Por sua vez, o ministro das Relações Exteriores da Síria acusou Hillary de "provocação" e flagrante interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos da Síria, enquanto as relações entre os dois países continuam difíceis.
Paralelamente, o Conselho de Segurança da ONU condenou nesta terça-feira "da forma mais forte possível" os ataques que causaram "danos às embaixadas e ferimentos no pessoal diplomático".
"Os membros do Conselho de Segurança lembram os princípios fundamentais da inviolabilidade das missões diplomáticas, e a obrigação de governos tomarem todos os passos apropriados para proteger as premissas das embaixadas", afirmou em comunicado.