Londres - O recurso apresentado pelo fundador do site WikiLeaks Julian Assange, contra a decisão de extraditá-lo para a Suécia, país que o reclama para interrogá-lo por quatro sopostos crimes de agressão sexual, começou a ser julgado pela Alta Corte de Londres nesta terça-feira (12/7).
A audiência, presidida pelos juízes John Thomas e Duncan Ouseley, começou às 5h30 (horário de Brasília) e continuará nesta quarta-feira (13/7). No entanto, não deve resultar em uma decisão imediata, já que Assange ainda pode recorrer à Suprema Corte.
Assange está representado por uma nova advogada, a veterana Gareth Peirce, especialista em casos de extradição e direitos humanos.
O australiano nega os quatro supostos crimes de agressão sexual, incluindo um estupro, denunciados por duas mulheres, mas admite ter mantido relações consensuais com ambas em agosto de 2010.
Julian foi detido no fim do ano passado, em Londres, mas está em liberdade condicional desde 16 de dezembro. Assange passa a maior parte do tempo na mansão de um amigo a 200 km da capital inglesa
A detenção aconteceu após o início da divulgação, em 2010, de milhares de telegramas diplomáticos confidenciais americanos pelo WikiLeaks, assim como de documentos secretos sobre as guerras do Iraque e do Afeganistão.
Os partidários de Assange denunciam que o caso tem motivações políticas e que a extradição para a Suécia seria apenas uma etapa antes do australiano ser entregue aos Estados Unidos, país que ainda estuda uma maneira de acusá-lo formalmente.