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EUA pedem que Saleh assine acordo de transição para o Iêmen

Washington - Um conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, solicitou a Ali Abdullah Saleh que assine o plano de transferência de poder, durante uma reunião que mantiveram em Riad, onde o presidente do Iêmen recupera-se de seus ferimentos, informou a Casa Branca neste domingo.

"Os Estados Unidos pensam que a transição no Iêmen deve começar imediatamente, para que os iemenitas possam concretizar suas esperanças", indicou a presidência americana em comunicado.

A emissora pública do Iêmen divulgou neste domingo imagens nas quais Saleh, fortemente questionado por manifestações de rua que se sucedem desde janeiro, e ferido em um atentado contra seu palácio em junho, recebeu John Brennan, conselheiro de Obama, no hospital militar de Riad.

Brennan entregou a Saleh, 69 anos, durante longo tempo um aliado fundamental de Washington na luta contra o terrorismo, uma mensagem de Obama na qual o presidente dos Estados Unidos expressa sua satisfação pelo reestabelecimento de seu colega iemenita, segundo informou o Ministério da Defesa desse país asiático.

Saleh, por sua vez, entregou uma carta a Brennan para Obama, na qual agradece o presidente americano "por suas amáveis e sinceras atenções, e pelo apoio dos Estados Unidos à unidade, à segurança e à estabilidade do Iêmen", segundo o Ministério da Defesa iemenita.

O plano de saída da crise defendido pelo Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) prevê que Saleh, no poder desde 1978, renuncie um mês depois de sua assinatura, em troca de uma imunidade para ele e seus aliados.

Na quinta-feira, o presidente iemenita apareceu pela primeira vez na televisão desde o atentado que o mantém hospitalizado há mais de um mês na Arábia Saudita, com o rosto queimado e as mãos e o peito enfaixados.

O atentado de 3 de junho foi realizado em um momento de auge da onda de protestos contra seu regime, iniciada em janeiro.