Moscou - A Rússia pretende pedir em 2012 à ONU a ampliação de suas fronteiras no Ártico, região muito cobiçada por sua riqueza em combustíveis, anunciou o vice-premier russo, Serguei Ivanov.
"Espero que no próximo ano transmitamos à comissão da ONU um pedido com bases científicas sobre a ampliação das fronteiras de nossa plataforma continental no Ártico", declarou Ivanov, citado pela agência oficial Itar Tass.
Ivanov acrescentou que nos próximos dias uma expedição científica russa explorará a dorsal de Lomonosov e a dorsal de Mendeleiev, para demonstrar que se tratam de extensões de sua plataforma continental.
A dorsal de Lomonosov é uma cordilheira submarina que vai de Groenlândia até a Sibéria. A Groenlândia, que é território dinamarquês, e o Canadá afirmam que a cordilheira é uma extensão natural de suas respectivas plataformas continentais.
A Comissão de Limites da Plataforma Continental da ONU deve decidir as divergências entre países, tomando como base a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, assinada em 1982.
A Convenção permite aos países signatários ampliar seus direitos de exploração das 200 milhas atuais a 350 milhas, caso demonstrem com estudos científicos que a extensão é "a prolongação natural da plataforma continental".
Os cinco Estados envolvidos com o Oceano Ártico (Estados Unidos, Rússia, Canadá, Noruega e Groenlândia) têm reivindicações territoriais na região, que pode conter 13% do petróleo e 30% do gás natural não descobertos no mundo.