Genebra - A Organização Mundial do Comércio (OMC) condenou nesta terça-feira (5/7) a China por restringir as exportações de matérias-primas, o que a União Europeia (UE), o México e os Estados Unidos consideram uma prática discriminatória.
Os especialistas da Organização recomendaram que seu Órgão de Solução de Conflitos peça para a China adaptar suas medidas às suas obrigações com a OMC, deixando-as comptatíveis as regras do comércio mundial, segundo indica a decisão postada na internet.
Os autores da ação denunciaram as cotas e taxas que a China impõe à exportação de matérias-primas como bauxita, carvão vegetal, espato de flúor, magnésio, metal de silício, fósforo amarelo e zinco.
Todos são componentes essenciais para a produção de aço e aluminío e, como a China é um produtor líder destas matérias-primas, qualquer restrição pode causar um aumento de preços.
A OMC ressaltou que ao aderir à Organização, a China aceitou eliminar qualquer obstáculo às exportações, com exceção de alguns produtos, mas, mesmo neste caso, Pequim se comprometeu em não impor cotas para sua exportação.
A decisão da OMC acontece em meio a um descontentamento internacional com a política da China de controlar terras-raras, que possuem minerais utilizados em produtos de alta tecnologia.
A China alega preocupação ambiental e grande demanda interna para impor cotas e taxas sobre a exportação desses minerai.