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UE atribui o surto de E.coli na Europa a sementes importadas do Egito

Bruxelas - A Autoridade Europeia de Segurança Alimentar (EFSA) anunciou nesta terça-feira (5/7) que um lote de sementes de feno-grego importado do Egito em 2009 é o vínculo mais provável entre as intoxicações pela bactéria E.coli na França e Alemanha.

Segundo uma fonte na Europa, a EFSA pediu à Comissão Europeia a adoção de medidas necessárias para evitar novos contágios e é possível que ainda nesta terça-feira a UE retire as sementes procedentes desse lote.

A EFSA já havia mencionado a pista egípcia em um comunicado publicado em 29 de junho. No entanto, o Ministério da Agricultura do Egito negou em 1; de julho a responsabilidade das sementes de feno-grego produzidas no país.

O feno-grego, também conhecido como alforva ou trigonela, é uma planta de folhas ovaladas e suas sementes são utilizadas na alimentação por serem muito ricas em fósforo e magnésio. Também pode ser usada como erva medicinal e como fertilizante nos cultivos biológicos.

O lote em questão, de 15 toneladas, foi importado em 2009 na Alemanha e depois redistribuído em outros países, principalmente a França. Este lote é portador da cepa O104:H4 da bactéria E.coli entero-hemorrágica (Eceh). Até a presente data, a intoxicação causada por esta cepa custou a vida de 48 pessoas na Alemanha e uma na Suécia. Na França, 10 pessoas foram intoxicadas pela bactéria Eceh na cidade de Bordeaux, no sudoeste do país.

A investigação de rastreamento realizada pela Direção do Consumo do Ministério Francês mostrou que as sementes germinadas consumidas eram feno-grego, mostarda e rúcula. O secretário francês do Consumo, Frédéric Lefebvre, acusou a empresa britânica Thompson & Morgan de ter comprado as sementes na Alemanha e revendê-las na França.