Túnez - O segundo julgamento à revelia do ex-presidente tunisiano Zine El Abidine Ben Ali, acusado de posse de armas e entorpecentes, teve início nesta segunda-feira em Túnis, mas a audiência foi suspensa em poucos minutos, depois que os advogados de defesa abandonaram o tribunal.
No início da audiência, o presidente do tribunal Tuhmi Hafi constatou que "o acusado não estava presente e era considerado foragido". Pouco depois, os advogados de defesa se retiraram, depois que o tribunal negou um pedido de adiamento. "Não queremos participar neste julgamento e nos retiramos dele", declarou o advogado Hosni Beji.
O presidente Tuahmi Hafi decidiu então suspender a audiência, em meio a vaias. Ben Ali, refugiado na Arábia Saudita, já foi condenado à revelia em 20 de junho, assim como sua esposa Leila Trabelsi, a 35 anos de prisão por corrupção.
O segundo julgamento diz respeito a acusações de posse de dois quilos de haxixe, armas e peças arqueológicas, apreendidas no palácio presidencial de Cartago, depois que fugiu para a Arábia Saudita em 14 de janeiro.