Vilna - A secretária americana de Estado, Hillary Clinton, advertiu nesta sexta-feira os países envolvidos na primavera árabe contra a marginalização das mulheres no processo de transição política.
As democracias devem dizer claramente que "ninguém pode pretender representar a vontade democrática se sua intenção é marginalizar as mulheres", disse Hillary em Vilna, onde falou em um fórum da Comunidade de Democracias. "Observamos atentamente os partidos que estão se formando em países como Tunísia e Egito" e "esperamos que cada partido, em uma democracia, reconheça os direitos das mulheres", afirmou.
"No Oriente Médio e na África do Norte, as mulheres manifestaram, utilizaram blogs e arriscaram a vida. Mas viram sua participação limitada no período de transição", afirmou a secretária de Estado. Paralelamente, Hillary exortou os países democráticos a apoiar os que emergem agora no mundo árabe.
"Hoje, novas democracias lutam para viver" e é preciso ajudá-las diante dos "autocratas" e dos "grupos de interesses", acrescentou. A "Comunidade de Democracia", agrupação informal de uma centena de países organizada em 2000, encerrou nesta sexta-feira um fórum de dois dias na capital da Lituânia.