BETTENDORF - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, retomou nesta terça-feira o discurso de campanha, no estratégico estado de Iowa, ao manifestar sua empatia pelos americanos que sofrem com a crise econômica.
"Sei que já viram muitos políticos passar por aqui nos últimos tempos, e algo me diz que continuarão vindo até o final de fevereiro", brincou Obama ao discursar em uma fábrica de alumínio de Bettendorf, no leste do estado.
Iowa e New Hampshire são os estados que abrem as eleições primárias dos partidos republicano e democrata na corrida à presidência dos EUA.
O democrata Obama viu sua indicação decolar, no início de 2008, em Iowa, onde derrotou a então favorita Hillary Clinton.
"Minha história com Iowa é longa", declarou o presidente em Bettendorf, cidade separada pelo rio Mississippi de Illinois, estado que levou Obama ao Senado em Washington.
"Juntos faremos esta história durante mais um tempo ainda", afirmou Obama, que já começa a preparar o terreno à reeleição, em 2012.
Vários candidatos à indicação republicana já visitaram Iowa, incluindo Michele Bachmann, a ultraconservadora do Tea Party, que voltou à cidade natal de Waterloo na segunda-feira, onde prometeu derrotar Obama.
Nesta terça-feira, a ex-candidata à vice-presidência e ex-governadora do Alasca, Sarah Palin, também foi a Iowa para a estreia do documentário "The Undefeated", que narra sua escalada política.
Todos os candidatos republicanos criticaram severamente o desempenho econômico do governo Obama.
A crise de 2007-2009 provocou a perda de mais de oito milhões de empregos nos EUA, e apesar do plano de reativação da economia, a taxa de desemprego segue alta, registrando 9,1% em maio.
Diante dos trabalhadores da siderúrgica Alcoa, Obama comemorou que os Estados Unidos "criaram mais de dois milhões de empregos no setor privado nos últimos 15 meses".
O presidente admitiu que "estes são tempos difíceis, muitos de vocês têm, provavelmente, amigos que procuram trabalho, familiares que procuram trabalho ou que vivem com o dinheiro contado".
Mas "resolveremos" esta situação, mesmo que não seja "de um dia para o outro". "Resolveremos porque depois de tudo, ainda seremos os Estados Unidos da América, com a maior economia, as empresas mais competentes, os melhores inventores e criadores de empresas e os melhores trabalhadores do mundo".