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Deposição de Zelaya do governo de Honduras completa hoje dois anos

Brasília ; Há exatos dois anos Manuel Zelaya, ex-presidente de Honduras, foi deposto por uma ação coordenada por integrantes das Forças Armadas, da Suprema Corte e do Parlamento. Os adversários de Zelaya justificaram que o ato foi uma reação à tentativa dele de mudar a Constituição para se manter no poder. Mas o Brasil e a comunidade internacional condenaram a ação e classificaram o ato como um golpe de Estado.

Por pouco mais de três meses, o ex-presidente ficou abrigado na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa, deixando a representação para viver na República Dominicana. No último dia 28, Zelaya retornou a Honduras depois de 16 meses de exílio. Atualmente ele mora na capital hondurenha e se mantém atuante na política local. O presidente do país, Porfirio Pepe Lobo, foi o principal articulador para encerrar a crise envolvendo Zelaya, concedendo a anistia.

O processo de negociação sobre o caso foi finalizado com a decisão da Assembleia Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) de encerrar o processo de suspensão de Honduras da entidade. A punição ocorreu em 4 de julho de 2009, depois que Zelaya foi deposto. Para a OEA, houve um golpe de Estado, gerando a transgressão dos princípios democráticos.

O governo brasileiro, no começo deste mês, reaproximou-se de Honduras por meio da nomeação do embaixador no país. O escolhido é o diplomata de carreira e ministro acreditado como embaixador Zenik Krawctschuk. Ele já respondia pelo governo brasileiro como encarregado de Negócios. Para o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, o governo Lobo tem buscado atender às exigências da comunidade internacional, indicando sua determinação em consolidar a democracia no país.

Ao ser deposto em 28 de junho de 2009 por uma ação organizada, Zelaya foi retirado de casa durante a madrugada e obrigado a deixar o país. Ele seguiu para a Costa Rica e, em setembro do mesmo ano, pediu abrigo na Embaixada do Brasil em Honduras, onde ficou por cerca de 120 dias.

Em janeiro de 2010, quando Pepe Lobo assumiu o poder, Zelaya deixou Honduras em direção à República Dominicana. Paralelamente, a comunidade internacional liderou um movimento para o ex-presidente ser anistiado e retornar ao país sem correr riscos.