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ONU diz que pelo menos 150 mulheres foram violentadas em ataques no Congo

Nova York - Uma investigação da ONU despertou suspeitas sobre a possível participação de militares desertores no estupro de 150 mulheres e crianças, durante ataques registrados este mês na República Democrática do Congo.

A ONU divulgará nesta sexta-feira (24/6) os primeiros dados oficiais da investigação, mas Margot Wallstrom, representante especial da ONU para questões de violência sexual nos conflitos, antecipou que pelo menos 150 mulheres e crianças foram estupradas nos ataques registrados entre 10 e 12 de junho na região de Minembwe, na província de Sud Kivu (oeste).

Os ataques aconteceram depois que 200 ex-rebeldes abandonaram um centro de treinamento para aderir ao Exército nacional, afirmou uma fonte da ONU, que pediu anonimato. Wallstrom afirmou que os comandantes, assim como os criminosos individuais, devem prestar contas. A representante da ONU já chamou o Congo de "capital do estupro" no mundo.