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Presidente do Haiti busca impedir as adoções individuais

O presidente do Haiti, Michel Martelly, anunciou nesta quinta-feira que emitirá uma ordem para tramitar os pedidos de adoção através de organizações autorizadas e proibir de fato as adoções individuais.

Os representantes de dez países adotantes, entre eles França, o primeiro país de acolhida de crianças haitianas em 2010, se reuniram nesta quinta-feira em Porto Príncipe para fazer um balanço das adoções no Hati, um ano e meio após o terremoto que assolou o país e deixou muitos órfãos.

Nesta reunião, cujo objetivo é considerar a retomada das adoções suspensas, Michel Martelly comprometeu-se a completar durante seu mandato de cinco anos o processo de ratificação por parte do Haiti da Convenção de Haia sobre adoções, que evita as chamadas adoções privadas ou individuais.

"À espera de que esta lei seja votada, desejo obviamente que os prazos desta votação sejam encurtados o quanto antes, me proponho a aprovar um decreto presidencial para tornar obrigatória a passagem dos pedidos de adoção pelos organismos autorizados, como está previsto na Convenção de Haia", disse Martelly.

Este medida "muito esperada", segundo o presidente, deve impedir de fato os procedimentos de adoção de forma individual.