A um ano, 4 meses e 18 dias das eleições presidenciais, os republicanos norte-americanos pediram aos simpatizantes do partido que renunciem ao sonho de um candidato ;perfeito;, capaz de derrotar o democrata Barack Obama. ;Não se deixem obcecar pelo puritanismo. Em política, a pureza é uma perdedora, afirmou Haley Barbour, governador do Mississippi. ;É a unidade que ganha as eleições;, avisou.
Uma nova pesquisa de opinião realizada pela emissora de tevê NBC e pelo Wall Street Journal revelou que a indecisão paira entre os eleitores republicanos. Segundo o estudo, eles estão divididos em termos de satisfação com os candidatos aspirantes à Casa Branca que se apresentaram até o momento. Uma segunda sondagem, conduzida pela CNN/Opinion Research Corporation, concede apenas 24% das preferências ao ex-governador de Massachusetts, Mitt Romney ; por enquanto, o favorito à indicação republicana.
Barbour convidou os republicanos a lutarem por seu candidato preferido nas primárias, mas advertiu: ;Não teremos um aspirante perfeito ao cargo;. Ao que tudo indica, as eleições primárias terão como pano de fundo as tensões internas entre os moderados e a ala ultraconservadora do Tea Party, cuja indicação aparece imprevisível. A facção radical do Partido Republicano tem como destaque Sarah Palin, ex-governadora do Alasca e candidata a vice-presidente nas últimas eleições.
As primárias republicanas começam por New Hampshire, em 1; de fevereiro. ;O voto conservador dividido é o melhor que pode acontecer para a esquerda;, concluiu Barbour. ;Não tem jeito. Estou farto de renunciar a nossos princípios. Quando o fazemos, perdemos;, disse Phil DaCosta, um homem de 42 anos que apoia a congressista republicana Michele Bachmann. ;A informação privilegiada em Washington tem que sair e nos deixar eleger o presidente;, exclamou um morador de Atlanta, Georgia.
A seu lado estava John Wells, revelando apoio a Sarah Palin. ;Barbour tem toda razão;, disse. ;Vamos escolher um candidato que represente a melhor alternativa para Obama, e vamos ganhar;, afirmou. Os candidatos que disputam a indicação republicana para as eleições de 2012 enfrentaram em 13 de junho o primeiro debate televisivo com uma estratégia comum: atacar a política econômica de Obama.
Front virtual
De olho na reeleição, coordenadores da campanha de Obama anunciaram que as duas contas do democrata no site de relacionamentos sociais Facebook e no microblog Twitter também passarão a ser utilizadas pelo próprio presidente. As mensagens postadas pessoalmente por ele serão sinalizadas com as iniciais BO, de Barack Obama. Com 8,7 milhões de seguidores no Twitter e 21,7 milhões de fãs no Facebook, Obama admitiu em 2009 que não era ele quem escrevia as mensagens postadas. Agora, tentará usar as redes sociais como uma forma de interagir com os internautas.