O grupo dos talibãs do Paquistão negou a responsabilidade pelas duas bombas que explodiram em um mercado lotado na cidade de Peshawar, onde pelo menos 70 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. O ataque, um dos mais violentos no Paquistão desde a série que começou após a ofensiva do comando americano que acabou na morte de Osama Bin Laden, em 2 de maio, devastou o bairro, destruindo um supermercado e afetando um hotel, lojas e um alojamento estudantil.
Uma pequena explosão inicial, que ocorreu por volta das 23h (horário local), atraiu curiosos e os serviços de emergência, e depois a segunda explosão, mais forte, foi ouvida a quilômetros de distância. Acredita-se que a segunda explosão tenha sido um ataque suicida. ;A primeira explosão foi causada por uma bomba-relógio, enquanto o homem-bomba numa moto se explodiu perto do local;, disse o responsável pelo esquadrão antibombas de Peshawar, Shafqat Malik. Entre os mortos, estão dois jornalistas que trabalhavam na versão em inglês dos jornais Pakistan Today e The News.
;Nós não realizamos esse ataque em Peshawar. Isso é uma tentativa de agências secretas estrangeiras de nos difamar;, disse o porta-voz dos talibãs Ehsanullah Ehsan, negando a autoria do crime. ;Não atacamos pessoas inocentes. Nosso objetivo é claro, atacamos as forças de segurança, o governo e os que os apóiam;, acrescentou. O atentado de Peshawar ocorreu uma semana depois da morte do comandante da Al-Qaeda do Paquistão Ilyas Kashmiri, um dos líderes mais temidos da rede, que teria morrido em um ataque teleguiado dos Estados Unidos no Waziristão do sul, perto da fronteira afegã. Perto de Peshawar, fica a porta de entrada para a acidentada região tribal nordeste do Paquistão, fortaleza do Talibã e dos militantes ligados à Al-Qaeda e onde os ataques bombas são comuns.
Afeganistão
Trinta e dois talibãs morreram e 25 ficaram feridos durante uma operação na província afegã de Badghis. A operação se intensificou no sábado, e desde então houve mais de 57 combatentes talibãs mortos, feridos e capturados, afirmou o comandante da operação, general Shahzada.