CABUL - Os talibãs classificaram de mera "propaganda" as cifras publicadas no sábado pela ONU, segundo as quais eles seriam responsáveis por 82% das vítimas civis registradas no Afeganistão em maio.
Os talibãs também exigiram que a ONU apresente provas de suas afirmações.
"O comunicado das Nações Unidas parece propaganda contra o Emirado Islâmico do Afeganistão" (nome do Estado afgão entre 1996 e 2001), afirmaram os talibã em um comunicado.
Segundo a Missão da ONU para o Afeganistão (UNAMA), o conflito no Afeganistão deixou 368 civis mortos em maio, que se transformou assim no mês mais violento desde o início, em 2007, do censo de vítimas civis no país.
Em maio também foram registrados 593 civis feridos, em acontecimentos vinculados ao conflito no Afeganistão.
"Houve mais civis mortos em maio do que em qualquer outro mês desde 2007, quando a UNAMA começou a contabilizar a vítimas civis", declarou Georgette Gagnon, diretora do departamento de direitos humanos da UNAMA, em um comunicado.
Segundo a fonte, os insurgentes foram responsáveis por 301 das mortes registradas, e 45 foram atribuídas às forças pró-governamentais. A responsabilidade das mortes restantes não pôde ser determinada, já que a maioria delas se deveu a troca de tiros.
A missão da ONU deve publicar no início de julho seu informe sobre a morte de civis no primeiro semesre. No ano de 2010, foi o mais sangrento para os civis, com 2.777 mortos.