Hong Kong - Dezenas de milhares de chineses se reuniram em Hong Kong e Pequim neste sábado (4/6) em memória à matança ocorrida em 1989 na Praça de Tiananmen (Pequim) - quando o exército esmagou um movimento pró-democracia - num momento em que a China empreende uma onda de repressão contra opositores políticos.
Segundo os organizadores, um total de 150.000 pessoas compareceram aos protestos em meio a um forte aparato policial.
Milhares de pessoas morreram nos dias 3 e 4 de junho de 1989, quando o Partido Comunista enviou tanques do exército para colocar fim à sete semanas de manifestações a favor da democracia em pleno centro de Pequim, qualificadas pelo regime de revolta anti-revolucionária"
Wang Dan, um dos líderes da Primavera de Pequim, e Ding Zilin, porta-voz da Associação das Mães de Tiananmen, que reúne os familiares das vítimas, falaram aos participantes reunidos em Hong Kong por videoconferência entre Taiwan e China.
O território de Hong Kong, ex-colônia britânica, foi devolvido à China em 1997 mas dispõe de um sistema legal distinto que confere mais liberdade, com o direito a manifestar-se.
O 22; aniversário do massacre de Tiananmen coincide com um longo fim de semana de feriado e com uma dura campanha de repressão contra a oposição ao regime.