Deauville - O presidente francês Nicolas Sarkozy - que deveria concorrer com Dominique Strauss-Kahn nas eleições presidenciais de 2012 - negou-se nesta sexta-feira (27/5) a "tomar partido" no caso do ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), acusado de tentativa de estupro nos Estados Unidos.
"Como chefe de Estado acredito que é melhor não tomar partido", respondeu Sarkozy quando questionado sobre a situação de Strauss-Kahn e se o caso afetaria a imagem da França.
Strauss-Kahn, que esteve à frente do FMI desde setembro de 2007, era o grande favorito socialista nas pesquisas de intenção de voto relativas às eleições presidenciais francesas de 2012. Ele foi preso em 14 de maio em Nova York sob a acusação de tentar estuprar uma camareira de um hotel na cidade.
"Você me diz que o caso pode afetar a imagem da França, mas eu não sabia que Dominique Strauss-Kahn representava a França", alegou Sarkozy na primeira vez em que se pronunciou publicamente sobre o caso.
"Todos os comentários que ouvi reforçaram minha decisão de permanecer calado. Tem coisas que a gente ouve mas seria melhor não escutá-las. Soube de comentários chocantes", declarou.