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Foro de São Paulo condena ataques contra Líbia

Manágua - Os 86 partidos políticos de esquerda da América Latina que formam o Foro de São Paulo - encontro de partidos políticos e organizações não-governamentais da América Latina e Caribe - condenaram nesta sexta-feira (20/5) em Manágua (Nicarágua) a "selvagem agressão da Otan contra a Líbia" e pediram à ONU para que forme uma comissão internacional que ponha fim ao conflito armado. "O Foro de São Paulo condena energicamente a agressão da Otan contra o povo líbio, com a consequente morte de civis inocentes", expressou o Foro em uma declaração oficial lida e aprovada por mais de 150 representantes após uma reunião de três dias. O Foro advertiu que "a selvagem agressão da Organização do Atlântico Norte" contra a Líbia "representa uma flagrante violação à carta democrática da ONU e questiona o papel desta organização no futuro". A resolução pede "um fim imediato das ações militares na Líbia e a organização de um diálogo nacional para que soberanamente e sem interferência o povo líbio possa definir seu futuro". Nesse sentido, os dirigentes de esquerda latino-americanos expressaram seu respaldo às "inciativas de paz plantadas pela União Africana" para resolver o conflito líbio e propuseram apoiar esses esforços com a formação de uma comissão internacional no âmbito da ONU integrada por União Africana, Liga Árabe e União Europeia. A iniciativa foi impulsionada pela Frente Sandinista, da Nicarágua, presidida por Daniel Ortega, um antigo aliado do líder líbio Muammar Kadhafi e respaldada pelos respresentantes de grupos e partidos de esquerda que assistiram ao encontro. A União Africana anunciou que celebrará na próxima semana uma reunião extraordinária para analisar o conflito na Líbia.