Nova York - "Cada um quer e merece o mesmo: um sistema judicial que realmente faça justiça e que esteja baseado na equidade", afirmou Cyrus Vance, advogado criminalista e promotor de Nova York, que tem a missão de demonstrar que o ex-diretor do FMI, Dominique Strauss-Kahn, é culpado de tentativa de estupro, agressão sexual e cinco outras denúncias feitas contra ele pelo Estado americano.
Aos 56 anos, este advogado de Manhattan dispõe de uma oportunidade de ouro para sua carreira: eleito para o cargo ao final de 2009 por quatro anos, uma vitória neste caso lhe garantiria uma fácil reeleição.
Diplomado pela prestigiosa Universidade de Yale (Connecticut) e pela Escola de Direito da Universidade de Georgetown (Washington), Cyrus Vance possui uma sólida reputação como defensor das igualdade entre os sexos.
Na quinta-feira, ao se pronunciar no Tribunal Penal de Nova York, Vance declarou aos jornalistas que Strauss-Kahn era acusado de "casos extremamente sérios" e assegurou que a "justiça seria feita" no caso do ex-diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Strauss-Kahn foi acusado de sete crimes, entre eles tentativa de estupro em primeiro grau e agressão sexual, todos contra uma camareira de Nova York.
O caso de Strauss-Kahn vem somar-se à grande lista americana de acusações contra personalidades públicas, como o julgamento de OJ Simpson, o processo de "impeachment" contra o ex-presidente Bill Clinton, a acusação de pedofilia de Michael Jackson e o caso de Mark Chapman, o assassino de John Lennon.