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Conselho de Segurança inclinado a condenar repressão síria contra população

Paris - O ministro francês das Relações Exteriores, Alain Juppé, assegurou que se está "definindo" uma maioria favorável a condenar a repressão na Síria no âmbito do Conselho de Segurança da ONU, onde persiste uma ameaça de veto russa e chinesa.

Na ONU, "continuamos ameaçados por um veto russo e um veto chinês. Aparentemente, neste momento, se está desenhando uma maioria de nove votos", explicou Juppé à Assembleia Nacional (Câmara de Deputados) - rejeitando, ao mesmo tempo, qualquer crítica sobre a atitude da França diante da repressão na Síria.

"Não estamos sozinhos", afirmou o chanceler francês, antes de destacar que "para obter uma resolução do Conselho de Segurança, deve-se evitar o veto de um membro permanente (como Rússia e China) e depois reunir nove votos".

"Há dias, talvez semanas, nos esforçamos com nossos amigos britânicos para alcançar este resultado", disse o chefe da diplomacia francesa.

Juppé disse que os membros do Conselho de Segurança mantiveram discussões na noite de segunda-feira.

"Não temos uma política de dois pesos e duas medidas. Obtivemos em todos os lados a grande aspiração dos povos à democracia e à liberdade e o fazemos tratando-se da Síria sem nenhuma ambiguidade", destacou o ministro.

Lembro que a França "incitou o presidente (sírio) Bashar al Assad a realizar um programa de reformas que levasse em conta as aspirações do seu povo".

"Não nos ouviu. Portanto, emitimos uma condenação ao uso da violência repetida e sangrenta", acrescentou Juppé.

Ao se referir às sanções dispostas pela União Europeia (UE) contra 13 personalidades sírias, Alain Juppé reconheceu que a França "não conseguiu que nesta lista aparecesse o presidente sírio".

"Não renunciamos a isto. Continuamos agindo neste sentido, apesar das reticências, por não dizer da oposição de alguns dos nossos parceiros" europeus, afirmou o chanceler francês, sem citá-los expressamente.