Nova York - Após ter negada a liberdade sob fiança, o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, está detido sob custódia até sua próxima audiência sobre as acusações de agressão sexual e tentativa de estupro.
A ata de acusação fornecida pela corte penal de Nova York traz sete acusações contra o poderoso chefe do FMI, a partir de um incidente ocorrido por volta do meio-dia em um quarto do hotel Sofitel, perto da Times Square.
A lista inclui duas acusações por cometer ato sexual criminoso, uma de tentativa de estupro, uma de detenção ilegal, duas de abuso sexual e uma de manipulação sem consentimento.
A seguir, o comunicado com a ata de acusação contra Strauss-Kahn, testemunhado pelo detetive Steven Lane, da Unidade de Vítimas Especiais de Manhattan, após tomar o depoimento de uma camareira de 32 anos:
"O acusado incorreu em conduta sexual oral e conduta sexual anal com outra pessoa à força; o acusado tentou manter relações sexuais com outra pessoa à força; o acusado submeteu outra pessoa a ter contato sexual sem o consentimento da última; e intencionalmente, o acusado tocou, à força, as partes sexuais e íntimas de outra pessoa com o propósito de degradar e abusar desta pessoa, e com o propósito de saciar o desejo sexual do acusado.
Os crimes foram cometidos nas seguintes circunstâncias:
(O acusado) 1) fechou a porta do recinto mencionado e impediu a declarante a deixar o local;
2) tocou os seios da declarante sem o seu consentimento;
3) tentou tirar as meias da declarante e tocou, à força, a região vaginal da declarante;
4) pôs em contato seu pênis com a boca da declarante à força duas vezes; e
5) foi capaz de realizar os atos antes mencionados mediante o uso da força físicaa real".