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Estados Unidos lamentam mortes por choques na fronteira israelense

Washington - A Casa Branca lamentou nesta segunda-feira (26/5) as mortes na fronteira israelense e pediu "máxima moderação" a israelenses e palestinos, embora tenha dito que Israel estava no seu direito de impedir a invasão de seu território.

"Lamentamos a perda de vidas e nossos pensamentos estão com as famílias e entes queridos dos mortos e feridos", disse o porta-voz Jay Carney à imprensa a bordo do avião presidencial Air Force One.

Carney defendeu, entretanto, o direito de Israel defender suas fronteiras.

"Israel, assim como os outros países, tem o direito de impedir entradas não autorizadas em suas fronteiras. Seus vizinhos têm a responsabilidade de evitar essas ações. Pedimos moderação máxima à partes", considerou.

Washington acusou a Síria de alimentar os protestos palestinos para "desviar" as atenções da repressão às manifestações contra o regime sírio.

"Parece-nos evidente que se trata de uma tentativa de desviar as atenções dos legítimos protestos do povo sírio e da repressão violenta exercida pelo governo sírio contra seu próprio povo", disse Carney.

Suas declarações foram feitas depois que o Exército israelense se mobilizou nas Colinas de Golã -ocupadas por Israel próximo à localidade de Majdad Chams- em busca de pessoas provenientes da Síria que teriam cruzado a fronteira, durante um dos enfrentamentos mais violentos em décadas na região.

Israel manteve nesta segunda-feira suas forças preparadas para o combate nas fronteiras com Líbano e Síria, onde no domingo foram registrados incidentes com os palestinos que lembravam a "Nakba" (catástrofe), como denominam o êxodo após a fundação do Estado hebreu.

Segundo um registro provisório, as forças israelenses mataram pelo menos 12 pessoas nas fronteiras com Líbano e Síria: dez do lado libanês e pelo menos duas em Majdal Chams.