FUKUSHIMA - O imperador do Japão visistou nesta quarta-feira pela primeira vez a província de Fukushima para um encontro com refugiados, no dia em que o terremoto e tsunami que provocaram o pior acidente nuclear desde Chernobyl (Ucrânia, antiga URSS), em 1986, completam dois meses.
Chefe de Estado e símbolo da unidade do povo japonês, Akihito viajou ao lado da esposa, a imperatriz Michiko, para visitar um centro de refugiados próximo da cidade de Fukushima, a 60 quilômetros da central Fukushima Daiichi (Fukushima N;1).
O casal imperial tentou reconfortar os moradores que foram obrigados a abandonar as casas que ficavam próximas dos reatores, em consequência de vazamentos radioativos.
Akihito e a imperatriz já haviam visitado outras regiões afetadas pelo terremoto de 9 graus de magnitude e o tsunami que arrasaram o nordeste do arquipélago em 11 de março, com um balanço, ainda considerado provisório, de 14.949 mortos e 9.880 desaparecidos.
A visita desta quarta-feira foi a primeira a vítimas diretas do acidente nuclear que provocou a retirada de 85.000 pessoas dos arredores da central.
A inquietação dos moradores prossegue diante da continuidade dos vazamentos radioativos da central, apesar de em quantidades bem menores que as registradas em março. Uma área de segurança de 20 quilômetros ao redor da instalação nuclear foi estabelecida.
A operadora da central, a Tokyo Electric Power (Tepco), se comprometeu a pagar uma antecipação da indenização de um milhão de ienes (12.234 dólares) por cada residência abandnada. As indenizações finais devem ser mais elevadas.