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Rebeldes líbios se comprometem a não utilizar minas antipessoais

Nova York - A liderança dos rebeldes líbios comprometeu-se nesta sexta-feira a não utilizar minas antipessoais nos combates contra as forças do governo de Muamar Kadhafi, em acordo assinado com a Human Rights Watch (HRW), anunciou a associação.

O Conselho Nacional de Transição, órgão político da rebelião com sede em Benghazi (leste), representado por seu vice-presidente, Abdul Hafiz Gogha, "prometeu formalmente" destruir todas as minas antipessais que possui, declarou a Ong em comunicado.

Segundo a Human Rights Watc, seus integrantes viram dezenas de milhares de minas nos depósitos de armas dos rebeldes em Benghazi, capital das forças que lutam contra Kadhafi, apoiadas por países ocidentais.

As minas foram tomadas pela insurgência após a retirada das forças governamentais em fevereiro, acrescentou a HRW.

O governo líbio não faz parte dos 156 países signatários do tratado sobre a proibição das minas de 1997 que interdita a utilização, produção ou transferência dessas minas.

"Exortamos ao Conselho Nacional de Transição respeitar de imediato a resolução e apelamos ao governo líbio de Muamar Kadhafi a assinar o compromisso, em nome dos civis nesta guerra", declarou Steve Goose, diretor de assuntos de armamentos da Human Rights Watch.