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Reino Unido reconhece que há 'limites' para uma intervenção na Síria

Washington - O ministro britânico da Defesa, Liam Fox, reconheceu nesta terça-feira em Washington "limites" a uma intervenção na Síria semelhante à operação da Otan na Líbia.

"Há limites para o que podemos fazer em um mundo instável", afirmou durante uma entrevista coletiva à imprensa ao final de uma reunião no Pentágono com seu colega americano Robert Gates.

Perguntado sobre a sensação de dois pesos, duas medidas para as questões síria e líbia, o ministro denunciou a violenta repressão às manifestações feita pelo regime sírio e pediu reformas.

"Faremos o pudermos para reafirmar os valores que nossos países compartilham, mas não podemos fazer tudo ao mesmo tempo e devemos reconhecer que há limites práticos para o que nossos países podem fazer", declarou.

O secretário americano de Defesa disse que "compartilha tudo o que disse" seu colega.

"A única coisa que eu acrescentaria é que nossos valores e nossos princípios se aplicam a todos os países, sejam manifestações pacíficas ou a necessidade de responder às denúncias políticas e econômicas das populações", acrescentou Gates, indicando que é preciso levar em consideração a situação econômica de cada país.

Os dois países esperam chegar a uma solução para a crise na Síria pela via diplomática.

Washington indicou nesta terça-feira que quer responder "no momento" pela diplomacia e com eventuais sanções às ações violentas contra a população síria.

O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, afirmou que seu país trabalha com a ONU e a União Europeia com o objetivo de enviar "uma mensagem forte" para o regime sírio.