Bruxelas - A Otan estuda enviar um representante civil ao reduto rebelde de Benghazi, leste da Líbia, com o objetivo de melhorar os contatos políticos com a oposição, informou à AFP uma fonte da Aliança Atlântica.
"A Otan manteve recentemente contatos com os líderes políticos do Conselho Nacional de Transição, que reúne a oposição líbia", afirmou a fonte.
"Com o objetivo de melhorar e estimular os contatos políticos, a Otan estuda ter um civil como pessoa de contato em Benghazi para apoiar a operação militar aérea dos aliados na Líbia".
"A natureza exata do cargo ainda deve ser examinada", completou.
Fontes oficiais da Otan afirmaram paralelamente que a decisão pode ser anunciada na quarta-feira (27/4).
A Aliança Atlântica, que desde 31 de março lidera as operações aéreas contra as forças de Muamar Kadhafi, não se cansa de repetir que seu papel é completamente imparcial na batalha entre o regime e os rebeldes.
"Somos imparciais, mas nossa missão é evitar e prevenir ataques contra civis e até agora os que atacaram civis foram as forças pró-Kadhafi", afirmou uma fonte.
França, Itália e Grã-Bretanha, países membros da Otan, anunciaram na semana passada o envio de conselheiros militares para apoiar as autoridades opositoras baseadas em Benghazi.