O senador norte-americano John McCain, do Partido Republicano, derrotado por Barack Obama na eleição presidencial de 2008, chegou ontem a Benghazi para uma visita a líderes da rebelião contra o regime de Muamar Kadafi, um dia após a Casa Branca anunciar o envio de aviões não tripulados armados para operar na Líbia. Segundo o secretário de Defesa dos EUA, Robert Gates, trata-se de uma ;modesta contribuição; aos esforços da coalizão internacional que ataca Kadafi, com aval das Nações Unidas.
McCain, veterano da Guerra do Vietnã, foi recebido por cerca de 50 pessoas na ;capital; dos rebeldes e defendeu o reconhecimento, pelo governo americano, do Conselho Nacional de Transição (CNT) como governo legítimo da Líbia. McCain é o personagem de maior peso internacional recebido pelos rebeldes, que aguardam para breve a chegada do presidente francês, Nicolas Sarkozy. Protagonista da intervenção militar no país, ele aceitou o convite do CNT para visitar Benghazi, segundo assessores.
Fontes do Palácio do Eliseu afirmaram à agência de notícias France Presse que a França pode propor a suspensão temporária do Tratado de Schengen, que garante a livre circulação de pessoas entre os países da União Europeia, na tentativa de conter a entrada ilegal de imigrantes em fuga do norte da África. França e Itália têm trocado acusações por conta dos milhares de tunisianos e líbios que chegam ao litoral italiano desde o início das revoltas, em janeiro. Roma concedeu a eles autorizações de estada por seis meses, para que possam juntar-se a ;amigos e familiares; na França e outros países da UE.