BENGHAZI - O senador americano John McCain chegou nesta sexta-feira (22/4) a Benghazi, para uma visita a líderes da rebelião, no dia seguinte de Washington anunciar o envio de aviões não tripulados armados para operar na Líbia, uma medida saudada pela insurgência.
"Esperamos que isso ponha fim ao cerco de Misrata", a terceira cidade do país, cenário há dois meses de um confronto mortífero entre a rebelião e as forças do coronel Muamar Kadhafi, declarou Mustafa al Guerriani, porta-voz do Conselho Nacional de Transição (CNT).
McCain, candidato republicano à eleição presidencial de 2008 e partidário do apoio militar aos rebeldes líbios, foi recebido por cerca de 50 pessoas em Benghazi (este), aos gritos de "Líbia livre! Kadhafi vá embora! Obrigado Estados Unidos, obrigado Obama"
Ao chegar a Benghazi, McCain, veterano da guerra do Vietnã, saudou as pessoas reunidas no palácio de Justiça, onde fica o quartel-general do CNT, órgão político dos rebeldes.
McCain é a mais alta personalidade americana a viajar à Líbia desde o começo do levantamento popular contra Kadhafi, em meados de fevereiro.
O senador republicano destacou-se no Congresso dos Estados Unidos como um dos mais fervorosos partidários das operações militares contra Trípoli.
Já o secretário de Defesa americano destacou na quinta-feira que os drones têm uma maior "capacidade" para evitar vítimas civis em relação aos aviões tripulados.
"Têm a capacidade de voar mais baixo e observar melhor os alvos, agora que eles (as forças do regime de Muammar Kadhafi) estão enterrados em posições defensivas", declarou Gates.
Os drones "estão perfeitamente adaptados a estas zonas urbanas (...) e também darão uma maior capacidade de comando à Otan".
Gates também destacou a extrema resistência destes aparelhos, que podem voar por 24 horas sem interrupção sobre seus alvos potenciais".
Os aviões sem piloto são a principal arma dos Estados Unidos para matar líderes da Al-Qaeda e do Talibã no Paquistão.
Gates destacou que o anúncio não muda em nada o papel dos Estados Unidos na campanha militar na Líbia, liderada pela Otan.
Aviões não tripulados já são usados pelos Estados Unidos na fronteira do Afeganistão com o Paquistão.