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ONU adverte a Argentina sobre falta de habitações populares e despejos

A relatora de Direitos Humanos na Organização das Nações Unidas (ONU), Raquel Rolnik, alertou hoje (21/4) o governo da presidenta da Argentina, Cristina Kirchner, sobre as ordens de despejo registradas no país. Rolnik apelou ao governo argentino para que adote uma estratégia global para enfrentar a crise habitacional e evite situações de violência. Em geral, segundo Rolnik, as vítimas dos despejos são moradores de áreas irregulares, agricultores e indígenas.

As informações são das Nações Unidas.

Depois de visitar a Argentina nos últimos dias, Rolnik disse que ouviu inúmeros testemunhos sobre despejos violentos, envolvendo o Estado e terrenos públicos, sem compensação para as famílias afetadas.

"Estou muito preocupada com os despejos violentos que ocorrem em várias regiões do país e a falta de uma ação mais abrangente de um programa de habitação digno para a Argentina", disse Rolnik. De acordo com ela, a "ocupação informal da terra; se tornou a principal forma de acesso à habitação no país devido à falta de ofertas acessíveis.

Rolnik lembrou que a falta de oferta de programas de habitação social estimula a discriminação na Argentina e gera disputas políticas. A relatora disse ter conversado com moradores, que afirmam se sentirem obrigados a ocupar prédios públicos vazios, porque não têm condições de morar em lugar algum.