HAVANA - As Damas de Branco, esposas de ex-presos políticos, marcharam neste domingo em Havana e garantiram que continuarão a protestar apesar da advertência do presidente Raúl Castro de que seus partidários defenderão a Revolução em "praças e ruas". "Nossa luta foi e continuará sendo pela liberdade dos presos políticos", disse a líder do grupo, Laura Pollan, após marchar pela Quinta Avenida (oeste) na companhia de cerca de trinta mulheres.
Ao discursar no VI Congresso do Partido Comunista (PCC, único), Raúl Castro acusou os opositores de "mercenários" dos Estados Unidos e disse que o governo "nunca" negará "ao povo o direito de defender a sua revolução" nas ruas e praças.
O presidente informou que concluiu o processo de libertação de cerca de 130 "presos contrarrevolucionários", iniciado em julho, incluindo 52 opositores que estavam presos dos 75 dissidentes condenados em 2003. Mais de cem dos dissidentes libertados foram para a Espanha.