Tropas leais a Muammar Kadhafi lançaram neste domingo (17) ataques à cidade de Ajdabiya, um ponto estratégico na região Leste do país, que tem sido cenário de fortes ataques nas últimas semanas. Os bombardeios obrigaram os rebeldes a recuar, um dia depois de terem conseguido algum avanço até a periferia da cidade petrolífera de Brega.
Em março, as tropas de Kadhafi cercaram a cidade de Ajdabiya com tanques, blindados e artilharia pesada antes do ataque aéreo das forças da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que permitiu aos rebeldes recuperar suas posições na cidade.
Também hoje as forças de Muammar Kadhafi lançaram novo ataque contra a cidade de Misrata, a única do Oeste do país ainda sob controle dos rebeldes, num momento em que os seus moradores se queixam da
falta de ação da Otan.
Segundo a agência de notícias AP, cinco civis morreram durante o ataque das forças governamentais.
Numa entrevista divulgada hoje pelo jornal francês Le Parisien, o ministro da Defesa francês, Gerard Longuet, reconheceu que ;há um certo risco" de a guerra na Líbia se prolongar. "Eu diria que há um certo risco de que esta guerra possa durar, porque Kadhafi e a Líbia não são totalmente previsíveis", afirmou Longuet.
Para ele, os ataques da aviação da coligação internacional, que deu início à intervenção a 19 de março sob o mandado de resolução das Nações Unidas, são "capazes de anular todos as reservas logísticas das tropas de Kadhafi".
Contudo, admitiu que, num cenário de "combate urbano", a aviação da coligação internacional "pode evitar a tragédia, mas não chegará para resolver o problema".