O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Anders Fogh Rasmussen, afirmou nesta quinta-feira (14/4) que será mantida a intervenção militar na Líbia até que o presidente Muammar Khadafi deixe o poder. O anúncio foi feito em Berlim, na Alemanha. Segundo ele, a ação na região vai continuar por tempo indeterminado enquanto houver ameaças a civis.
;Manteremos a pressão o tempo que for preciso", afirmou o secretário-geral, depois de uma reunião dos ministros das Relações Exteriores dos 28 países que compõem a Otan e mais seis nações parceiras da organização.;Temos a responsabilidade de proteger os civis na Líbia de um ditador brutal [Khadafi] e não assistiremos passivamente a um regime desacreditado a atacar o seu próprio povo com granadas, tanques e atiradores especiais;, acrescentou Rasmussen.
[SAIBAMAIS]Desde o fim de março, segundo o secretário-geral, mais de 600 voos de combate sob orientação da Otan operaram na Líbia. O objetivo, de acordo com ele, é proteger os civis de eventuais ataques promovidos pelas forças leais ao presidente líbio.
De acordo com Rasmussen, a Otan tem meios suficientes para operar na Líbia. Segundo ele, as forças de oposição determinam ;sua própria tática diária;, e a organização não tem interferido em assuntos internos da Líbia.
Na China, a presidenta Dilma Rousseff e os líderes dos países que compõem o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) divulgaram declaração conjunta condenando a intervenção militar na Líbia. O documento evita condenar a atuação da Otan.