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Itália e Polônia vão poder festejar todos os anos o beato João Paulo II

Cidade do Vaticano - O falecido Papa João Paulo II, que será proclamado beato no dia 1 de maio, poderá ser festejado todos os dias 22 de outubro, mas apenas na Itália e na Polônia, anunciou nesta segunda-feira a Congregação Vaticana para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

As autoridades religiosas não concederam o "culto universal", ou seja, a adoração em todas as igrejas do mundo, como ocorre com os santos, apesar da solicitação feita pelo Vicariato, no início do processo de beatificação.

O Papa João Paulo II, eleito no dia 16 de outubro de 1978, inaugurou seu pontificado no dia 22 de outubro com uma missa durante a qual pronunciou uma frase em italiano que se tornou famosa: "Não tenham medo. Se eu estiver errado, me corrijam".

Quase desconhecido antes do Conclave, o primeiro pontífice estrangeiro em 455 anos, o polonês João Paulo II reconheceu perante os cardeais que o elegeram que vinha de "um país longínquo", embora próximo graças à fé.

A decisão de festejá-lo como beato é excepcional e responde ao pedido de diversos setores, explicou o Vaticano.

João Paulo II foi um dos pontífices mais amados pelos fiéis, um viajante incansável que faleceu em 2005, após uma longa doença, depois de um pontificado de 27 anos.

Para a Igreja Católica, um beato é uma pessoa falecida que, mediante o processo de beatificação, pode ser venerada em público em uma região determinada, geralmente no local que pediu sua beatificação.

Ser proclamado beato é o terceiro passo no caminho da canonização. O primeiro é Servo de Deus, o segundo venerável, o terceiro beato e o quarto santo. Para ser santo é necessário comprovar que interveio em dois milagres.

Cerca de 300 mil pessoas deverão assistir à cerimônia de beatificação, na praça de São Pedro, no Vaticano.

O primeiro papa eslavo da história faleceu no dia 2 de abril de 2005 e será beatificado no prazo recorde de seis anos e um mês.